Cientistas descobrem que abraço é um calmante natural para o corpo
- Raphael Teixeira
- 20 de nov. de 2016
- 2 min de leitura

(Foto: Divulgação)
Oxitocina, já ouviu falar? Em um mundo repleto de estresse, pressão, angústia não seria ótimo saber que existe um calmante natural, rápido e eficaz que o próprio ser humano é capaz de produzir. Como? Através de um abraço. Mas não estou falando de qualquer abraço.
Um abraço leva em média 3 segundos, e quando abraçamos alguém estamos demonstrando saudade em rever a pessoa, ou uma despedida daquela mesma que está partindo, não se trata somente de se relacionar com o outro, isso nos faz sentir bem com nós mesmos. Porém de uma forma surpreendente , abraçar traz muitos benefícios a saúde física.
Descoberto por cientistas, o hormônio oxitocina é liberado na corrente sanguínea quando abraçamos alguém e também melhora a memória. Um dos inibidores da oxitocina é o medo, e há menos chances de ser liberado quando fica desta forma.
Partindo do resultado de suas pesquisas, Paul Zak Professor de neuroeconomia, explora a influência da oxitocina nas pessoas, nos relacionamentos pessoais e na sociedade como um todo. Ele explica que a produção dessa substância é estimulada por atitudes de confiança e conhecido principalmente por ser produzido em maiores quantidades em mulheres no momento de parto e durante a amamentação.
Uma pesquisa realizada com 161 psicopatas em Wisconsin identificou que eles não produzem oxitocina. “Não é o nível de oxitocina. O problema, são os receptores que estão danificados. Eles não processam as coisas como nós", concluiu Zak, e acrescentou que 2% da população norte-americana possui esse perfil, e 30 a 40% da população carcerária do país também.
Adentrando no âmbito religioso, constatou que a produção de oxitocina era alta. Os rituais engendram um senso de comunidade que está intimamente ligado à produção do hormônio. As pesquisas foram realizadas tanto em comunidades religiosas norte-americanas quanto em tribos indígenas tradicionais, com pouca ligação com a sociedade moderna. “O ritual afeta o cérebro, que afeta como eles se sentem em relação aos outros", explicitou Paul Zak.
Referências bibliográficas:
A Molécula da Moralidade
Estudo publicado na revista Comprehensive Psychology.